Um dos maiores homens da América Latina

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Salvador

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

PMs tarados

Compilei este texto de um outro que havia escrito durante os atos do passe livre.
   Sou professor recém contratado do Estado de São Paulo. Antes havia a possibilidade de “fazer bico” como professor no próprio Estado, não me sujeitei, esperei o concurso. Para quem no Brasil não sabe, em São Paulo existe uma coisa chamada "professor  com contrato precário". Trata-se de uma contratação sem concurso para suprir a falta de professores da rede estadual de ensino. Trata-nos como sub-empregados fazedores de bico. Estudei cinco anos no bacharelado da Letras-USP e mais quatro na licenciatura para que eu pudesse aprender a como ser um professor. Não sou um caso à parte, como eu existem milhares de pessoas muito competentes na mesma situação.
   Já na polícia militar não existe esse tipo de contrato temporário de trabalho, polícia no nosso estado é considerado muito mais importante do que professores e alunos, os bicos que eles fazem normalmente, ou são para serem jagunços de puteiro, jagunço de reitor, gigolôs de prostitutas ou segurança de boca de fumo, entre outras atividades educativas que tanto nos enchem de orgulho. Muitos são sócios de traficantes de drogas.
   Como sabemos, os arautos da sabedoria do nosso estado - os jagunços do PSDB -, têm um grande fetiche em brandir seus instrumentos fálicos e educativos para a população que paga seus salários. Não sabemos se isso é em contrapartida à falha de seus membros (entendam como quiserem) ou se é porque o prefeito da nossa cidade, aliado dos tucanos, é chegado num cassetete (não me entendam mal, não falo de falos), gosta que batam, não sei se de apanhar também.
   Cada um com seus fetiches.
  Não gosto de uma coisa nem outra, os nossos membros (ativistas políticos) trabalham normalmente sem precisar dessas coisas que apimentam a relação membros da sociedade X membros do estado. Não somos tarados, psicopatas de fardas e cargos. Somos alunos, professores, desempregados, povo. Essa apimentadinha, esse choro lacrimogêneo, esse brandir de pistolas não é conosco. Deixamos para os tarados nas suas orgias e nos troca-trocas de caserna. 
   Nada aconteceu na USP que justificasse a violência, isto claro sob o nosso ponto de vista humanista, do lado de lá, motivo é o que não falta. Aquele alí que bate não é somente o Sargento André, aquele que bate é uma parcela muito grande da sociedade, é o PIG, são estudantes reaças, é o Rodas, é o capitalismo e acima de tudo é a falta de coerência humanista que decorre de todos esses agentes da sociedade.
   Vamos a USP!   

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