Um dos maiores homens da América Latina

Um dos maiores homens da América Latina
Salvador

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Casa grande & Senzala


A postura dessa cretina é o retrato sintomático da nossa elite. Conheci uma pessoa assim, presenciei uma fala de uma classe média ex-classe baixa que me deu um nojo parecido como esse que sinto agora. A citação ao caso que presenciei se deve ao fato de que esse tipo de coisa está muito mais próximo da gente do que imaginamos. Não é só na televisão que essas coisas acontecem está no nosso trabalho, nas escolas que damos aula, no trânsito, metrô. Está na sociedade e mais particularmente em pessoas aparentemente insuspeitas ao nosso redor. 
Somos todos Pinheirinho.
Costumo dizer para meus amigos da oposição à esquerda que nossas desavenças são pequenas diante do que a direita faz e pensa. Daí a necessidade de estarmos juntos contra isso, este é o cerne da questão. Questão de método é importante, não resta dúvida, mas o que sempre digo é que dentro da fala dessa representante da casa grande estão colocadas quase todas as questões sociais mais problemáticas da nossa sociedade. O desdém pela miséria, de todas as misérias pelas quais passou este rapaz.
E vou logo adiantando uma coisa: quem vier com papinho de “direitos humanos para humanos, que ele não é nenhum inocente, que os Direitos Humanos protegem bandidos”, aviso, seja quem for, que essa pessoa não serve para ser meu amigo, nem virtual nem pessoal. Não compartilho hipocrisia.
Esta situação posta e escancarada pela Band, não pode passar em branco.
Tortura nunca mais
Nesta reportagem está o apoio à tortura, está o preconceito social, está o preconceito de cor, linguístico, está a falta de escola, está o imperativo e o apelo ao consumo, está a falta de opção da juventude, está o preconceito homofóbico, está a situação de penúria das nossas delegacias, o sistema penal, tudo é sintomático na fala e desdém dessa mulherzinha e de toda a equipe da Band, do delegado que, se conhecesse um pouco de lei, daria voz de prisão para essa delinquente.  E dizem que é em nome da lei. Será que essa ordinária falaria dessa maneira com o filho assassino do Eike Batista? Não falaria pois seria mandada embora. Quantos anos tem esse menino? 
Vejam no Blog do Rovai o vídeo. http://www.revistaforum.com.br/blog/2012/05/21/a-reporter-loira-o-suposto-negro-estuprador-e-uma-sequencia-nojenta/.
Se fosse em nome da lei... não é. É grana, grana, grana. Vejam  o Dr. Márcio Tomás Bastos, será que ele poderia defender este garoto negro pobre que TENTOU roubar um celular e uma corrente na Bahia? Não, o DR. Márcio Tomás não vai defendê-lo, ele, o menino, roubou pouco, ou melhor, não roubou. Sua pena já foi paga (apanhou muito) e pagará por toda a sua vida. Não terá a mesma cela que o delinquente de colarinho branco, será achincalhado ainda mais. O "professor Cachoeira" é branco e rico, mesmo que sua riqueza seja oriunda dos nossos bolsos. Vergonha, sinto muito, vergonha, nojo de tudo.
E pelos comentários que li na própria postagem do Rovai, deduzo que a nossa sociedade está doente, muito doente.
Estes doentes estão à nossa volta, é contagioso quando criam seus filhos com essa visão, geração após geração.
Meus amigos dos vários partidos, nosso partido é um só.
Ponham o nome que quiserem.


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